sábado, 25 de fevereiro de 2012

Conheça melhor seu dinheiro e faça ele trabalhar para você!


Responda rápido! É melhor trabalhar pelo dinheiro ou fazer o dinheiro trabalhar para você? Já consigo imaginar alguns dizendo algo como “eu não tenho dinheiro para trabalhar por mim, por isso fico com a primeira opção”. Mas se esse não é seu caso (e provavelmente escolheu a segunda alternativa), como vai seu “poder de persuasão” sobre seu próprio dinheiro? Você consegue, de alguma forma, “convencê-lo” a trabalhar por você?
Via de regra, nas relações pessoais, profissionais e, por que não, financeiras, “conhecer” é um bom caminho para “convencer”. O quanto você conhece sobre seu dinheiro? Conheça-o um pouco mais,
para adquirir um maior controle sobre ele.
Tenho quatro orientações para conhecer melhor seu dinheiro e tomar decisões financeiras mais sensatas que o levarão a se relacionar melhor com ele. São elas:

1) Acompanhe o seu dinheiro: esta talvez seja a parte mais difícil. Quando um especialista em finanças resolve mostrar para uma plateia uma planilha de controle financeiro, os bocejos e a vontade de sair correndo para fazer algo melhor são quase irresistíveis.
Mas acredite, vale a pena. O famoso Lorde Kelvin (como era conhecido o físico irlandês William Thomson, criador da escala Kelvin de temperatura) já dizia que “aquilo que não se pode medir, não se pode melhorar”. Meça suas finanças e elas melhorarão. Agora, por favor, pare de bocejar e comece a fazer sua planilha de controle financeiro.

2) Não tenha medo do seu dinheiro: é uma variação do item anterior. Muitas pessoas têm verdadeiro pavor de ver seu próprio extrato bancário, particularmente aquelas que têm o descontrole financeiro como estilo de vida. O argumento padrão dessas pessoas é “eu sei que minha conta está negativa e estou pendurado no cheque especial, então nem quero ver para não me aborrecer”.
A pessoa que pensa assim está em sério estado de negação e isso só serve para piorar uma situação já ruim. Fugir de um problema para não “se aborrecer” é uma péssima estratégia, e em um país com taxas de juros criminosas como o nosso, as consequências podem ser nefastas. Por isso, seja honesto consigo mesmo e avalie sua situação financeira. Se algo estiver errado, assuma o erro e comece já a trabalhar para mudar essa situação.

3) Se você tem dívidas, nem sonhe em investir dinheiro: cuidado com o fenômeno da “contabilidade mental”, que é o hábito de separar mentalmente o dinheiro em “potinhos”, cada um com uma destinação. Por exemplo, um indivíduo compra um carro com prestações a perder de vista, gerando uma dívida que paga juros altíssimos, mas ao mesmo tempo mantém um dinheiro rendendo uma mixaria na caderneta de poupança para a “faculdade das crianças”, e esse dinheiro não pode ser tocado.
Essa decisão pode trazer algum alívio psicológico, mas é totalmente irracional do ponto de vista financeiro. Nenhum investimento na face deste planeta dará, consistentemente ao longo dos anos, retornos em taxas superiores àquelas que são praticadas em empréstimos e financiamentos.
Então, se você tem dívidas e ao mesmo tempo tem dinheiro sobrando, não perca seu tempo e não pense duas vezes: pague suas dívidas!

4) Pense em ganhar mais dinheiro: uma vida financeira equilibrada e organizada é um bom começo para uma vida mais rica e mais próspera, mas será cada vez mais difícil enriquecer simplesmente poupando dinheiro.
Seja você um empresário, um profissional liberal ou empregado em uma empresa, procure pensar em formas de aumentar seu valor e, consequentemente, seus rendimentos.
Invista pesadamente em educação, informação e networking. Você prefere trocar de carro a fazer aquela pós-graduação que pode alavancar sua carreira? Ótimo, mas tenha em mente que colocar uma grande quantia de dinheiro em um bem que só deprecia, enquanto você tem a opção de fazer algo que gerará mais valor, não é uma decisão financeira muito inteligente.
A escolha é sua, e as consequências também. Escolha ter e gerar mais valor!

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