O jornal australiano Sydney Morning Herald fez recentemente
uma pesquisa que relacionou algumas das síndromes mais exóticas que
atingem os seres humanos. Dessa lista foram escolhidas as 10 mais
curiosas.
10. CEGUEIRA EMOCIONAL
A expressão “cego de emoção” existe na prática, e
pode acontecer com qualquer pessoa normal. O problema foi
descoberto recentemente por pesquisadores da Universidade de Yale,
nos Estados Unidos. Depois de olhar para alguma imagem forte,
principalmente com conteúdo pornográfico, a maioria das pessoas
perde a vista por um curto espaço de tempo - décimos de segundo na
verdade. Até agora, nenhum especialista conseguiu explicar o porquê
dessa reação. A descoberta da cegueira emocional deu origem a
um
movimento no Congresso americano para que seja banida toda a
publicidade com apelo erótico em grandes rodovias do país.9. SÍNDROME DA REDUÇÃO GENITAL
Também conhecido como koro, esse distúrbio mental deixa a pessoa
convencida de que seus genitais estão desaparecendo. A maioria dos
casos até hoje foi relatada em países da Ásia ou da África, e em
muitos deles a síndrome parece ter sido contagiosa! Um dos
episódios mais estranhos ocorreu em Cingapura, em 1967, quando o
serviço de saúde local registrou centenas de casos de homens que
acreditavam que seu pênis estava sumindo.
Um único caso da síndrome da redução genital foi registrado até
hoje no Brasil, no Instituto de Psiquiatria da USP. Convencido de
que seu pênis estava sumindo, o doente tentou se matar com duas
facadas no abdômen!
8. SÍNDROME DE RILEY-DAY
Se você já sonhou em nunca mais sentir nenhuma dor, cuidado com
o que pede… As vítimas dessa doença não sentem dores, mas
isso é um problemão. Elas ficam muito mais sujeitas a sofrer
acidentes porque param de registrar qualquer aviso de dano nos
tecidos do corpo, como cortes ou queimaduras. A doença é causada
por uma mutação no gene IKBKAP do cromossomo 9 e foi descrita pela
primeira vez pelos médicos Milton Riley e Richard Lawrence Day. Sem
o aviso de perigo que a dor proporciona às pessoas comuns, a
maioria dos doentes com a síndrome de Riley-Day tende a morrer
jovem, antes dos 30 anos, por causa de ferimentos.
7. SÍNDROME DE
COTARD
Depressão extrema, em que o doente passa a acreditar que já
morreu há alguns anos. Ele acha que é um cadáver ambulante e que
todos à sua volta também estão mortos. Em casos extremos, o sujeito
diz que pode sentir sua carne apodrecendo e vermes passeando pelo
corpo. Na fase final, a vítima deixa até de dormir e sua ilusão
pode efetivamente se tornar realidade. O nome da doença faz
referência ao médico francês Jules Cotard, que a descreveu pela
primeira vez em 1880.
Apesar de depressivo e certo de que está morto, o doente –
contraditoriamente – também pode apresentar idéias
megalomaníacas, como a crença na própria imortalidade.6. MALDIÇÃO DE ONDINA
O nome bizarro é uma referência a Ondina, ninfa das águas
na mitologia pagã européia. A doença, mais estranha ainda, faz com
que as vítimas percam o controle da respiração.
Se não ficar atento, o sujeito simplesmente esquece de respirar
e acaba sufocado! A síndrome foi descoberta há 30 anos e já existem
cerca de 400 casos no mundo. Pesquisadores do hospital Enfants
Malades, de Paris, acreditam que a doença esteja relacionada com um
gene chamado THOX2B. O sistema nervoso central se descuida da
respiração durante o sono e o doente precisa dormir com um
ventilador no rosto para não ficar sem ar!
5. PICA
Esse nome também estranho não tem nada de pornográfico: pica é
uma palavra latina derivada de pêga, um tipo de pombo que come
qualquer coisa. E a pica a síndrome, é claro… faz exatamente
isso: a pessoa sente um apetite compulsivo por coisas não
comestíveis, como barro, pedras, tocos de cigarros, tinta,
cabelo… O problema atinge mais grávidas e crianças. Após
comerem muita porcaria involuntariamente, os glutões ficam com
pedras calcificadas no estômago. Em 2004, médicos franceses
atenderam um senhor de 62 anos que devorava moedas. Apesar dos
esforços, ele morreu. Com cerca de 600 dólares no
estômago…
4. SÍNDROME DE ALICE NO PAÍS DAS
MARAVILHAS
Doença que provoca distorções na percepção visual da
vítima, fazendo com que alguns objetos próximos pareçam
desproporcionalmente minúsculos. O distúrbio foi descrito pela
primeira vez em 1955, pelo psiquiatra inglês John Todd, que o
batizou em homenagem ao livro de Lewis Carroll. Na obra, a
protagonista Alice enxerga coisas desproporcionais, como se
estivesse numa “viagem” provocada por LSD. As vítimas
da síndrome também vêem distorções no próprio corpo, acreditando
que parte dele está mudando de forma ou de tamanho.
3. SÍNDROME DA MÃO ESTRANHA
“Minha mão agiu por conta própria…” Essa
desculpa usada por alguns cafajestes pode ser verdadeira. A
síndrome em questão alien hand syndrome, em inglês faz com que uma
das mãos da vítima pareça ganhar vida própria. O problema atinge
principalmente pessoas com lesões no cérebro ou que passaram por
cirurgias na região. O duro é que o doente não presta atenção na
mão boba, até que ela faça alguma besteira. A mão doida é capaz de
ações complexas, como abrir zíperes… Os efeitos da falta de
controle sobre a mão podem ser reduzidos dando a ela uma tarefa
qualquer, tarefa qualquer, como segurar um objeto.
2. SÍNDROME DE CAPGRAS
Após sofrer uma desilusão com o cônjuge, com os pais ou
com qualquer outro parente, a pessoa passa a acreditar que eles
foram seqüestrados e substituídos por impostores. O sintoma por
vezes se volta contra a própria vítima: ao se olhar no espelho, ela
também acredita que está vendo a imagem de um farsante. Neurose
total! O problema tende a atingir mais pessoas a partir dos 40 anos
e suas causas ainda não são conhecidas. A síndrome foi descoberta
pelo psiquiatra francês Jean Marie Joseph Capgras, que a descreveu
pela primeira vez em 1923. Em graus mais extremos, a vítima acha
que até objetos inanimados, como cadeiras, mesas e livros, foram
substituídos por réplicas exatas.
1. SÍNDROME DO SOTAQUE ESTRANGEIRO
Após sofrer uma pancada ou qualquer outro tipo de lesão no
cérebro, as vítimas desse distúrbio passam a falar com sotaque
francês… ou italiano… ou espanhol. A língua varia,
mas, na maioria dos casos, as vítimas desconhecem o novo idioma.
Segundo cientistas, a pronúncia não é efetivamente estrangeira, só
dá a impressão disso. Pesquisadores da Universidade de Oxford, na
Inglaterra, acreditam que o sintoma é causado por um trauma em
áreas do cérebro responsáveis pela linguagem, provocando mudanças
na entonação, na pronúncia e em outras características da fala. Um
caso bem recente da síndrome do sotaque rolou com a britânica Lynda
Walker, no mês passado. Após um infarto, Lynda acordou falando com
sotaque jamaicano.
Fonte:Dicas Domesticas
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